Praça do Homem Nu

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A Praça 19 de Dezembro em Curitiba não é um lugar “fofo” da cidade. Conhecida como Praça do Homem Nu, que me soa bastante machista, porém justificável, já que a mulher foi pra lá depois, a praça é um lugar sujo e depredado. Não encontramos por lá os mesmos suspiros de encanto que vemos em parques, museus e outros lugares mais aprazíveis de Curitiba. Apesar disso, a sua atração estética não passa desapercebida. Seja pelo obelisco que comemorou os 100 anos da emancipação política do Paraná, os dois gigantes de pedra – o homem criado por Erbo Stenzel e a mulher por Humberto Cozzo, pelo alto relevo também de Stenzel, pela agradável arborização ou pelos lindos desenhos do painel de azulejos de Poty Lazzarotto.

Mas admito que é difícil ter prazer estético ao sabor de fortes odores urinários e à presença de bêbados e “malacos”. Mas como “voyeuristas” da cidade os “urban sketchers” apreciam essa praça. E não apenas nós. Movimentos sociais já a elegeram inúmeras vezes como ponto de encontro e travestiram as esculturas com muitos propósitos diferentes. Menos barulhentos, e não menos importantes, são os casais românticos e pessoas simples que tiram fotos e depois caminham para um passeio no Passeio. Público que não se sente incluído nos espaços burgueses da cidade, mas também dão vida, significado e verdade a essa praça de Curitiba.

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